Cartuchos de pão com conteúdo educativo são entregues a empresários da panificação
A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), o Sindicato da Indústria do Trigo do Estado do Paraná (Sinditrigo Paraná), o Instituto Paranaense de Reciclagem (Ínpar) e o Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria dos Campos Gerais (Sindpan Campos Gerais) realizaram um evento na Casa da Indústria nesta terça-feira (9) no âmbito da parceria entre as entidades em apoio à logística reversa de embalagens pós-consumo.
O Ínpar é uma entidade gestora sem fins lucrativos que criada pelos sindicatos industriais patronais paranaenses e pela FIEP em 2017 para estabelecer e gerir uma solução coletiva que provê recursos e apoio técnico a dezenas de Associações de Catadores e prefeituras para garantir que as embalagens recolhidas pela coleta seletiva sejam apropriadamente destinadas à reciclagem, preservando o meio ambiente e garantindo geração de renda para centenas de famílias vulneráveis envolvidas no processo, bem como desenvolver ações que orientem e estimulem a população a realizar a correta separação dos resíduos domésticos.
A logística reversa é um conjunto de procedimentos para fomentar a correta destinação de resíduos para a cadeia de reciclagem. No caso das embalagens em geral pós-consumo, no Paraná desde o início de 2022 as empresas precisam participar de um Plano de Logística Reversa homologado pela SEDEST/IAT (o do Ínpar foi o 1º a ser aprovado) para estar regularizadas e evitar problemas com o processo de licenciamento ambiental.
“Diversas indústrias em Ponta Grossa já são associadas ao Ínpar para cumprir com a as metas estabelecidas pela legislação ambiental federal e estadual relativa ao volume de embalagens que introduzem no mercado e que são descartados pelos seus consumidores. A ideia com esse projeto é avançar nesta conscientização, não apenas com as indústrias, mas também com as famílias”, disse o presidente do Sindipan CG, Darcy Miara Júnior.
O projeto utiliza 150.000 cartuchos de pão como plataforma para sensibilizar a pessoas para a importância da reciclagem. Foi idealizado em 2022 pelo Sinditrigo Paraná, obteve apoio financeiro da FIEP (através do Edital de Subsídio à Indústria Sindicalizada) e do Ínpar e recebeu apoio institucional dos quatro sindicatos da indústria da panificação do estado.
Rommel Barion, presidente do Ínpar ressalta que essa iniciativa, viabilizada graças à parceria das entidades representativas da cadeia do trigo do estado, está fazendo chegar ao consumidor, de forma lúdica e acessível, a mensagem para que se faça o descarte correto das embalagens utilizadas no cotidiano do ambiente doméstico.
Barion destacou que o Ínpar trabalha na compensação das embalagens pós-consumo de suas mais de 160 empresas associadas. “A meta é de garantir o encaminhamento de 22% para reciclagem, comprovado através da comercialização dos materiais recicláveis das associações de catadores apoiadas pelo Instituto. Para que possamos ampliar a taxa de reciclagem desses materiais, o descarte tem que começar dentro de casa. É o princípio da responsabilidade compartilhada, que incluiu cada cidadão consumidor, estabelecimento comercial, indústria embaladora, fabricante de embalagens, importador. A evolução para uma Economia Circular e mais sustentável requer o comprometimento de toda a sociedade”, reforçou Barion.
O projeto também visa demonstrar a coesão e o forte compromisso socioambiental da cadeia produtiva do trigo paranaense, que agrega as indústrias moageiras e o segmento da panificação, a excelência do produto local, bem como promover o adensamento dos negócios entre empresas instaladas no Paraná, com ênfase nas indústrias vinculados aos sindicatos patronais da indústria.
Para Miara Júnior, a iniciativa é louvável em utilizar os pacotes de pão para conscientizar as pessoas. Ele conta que o formato em quadrinhos estimulará as crianças a cobrarem seus pais quanto a destinação corretas dos resíduos sólidos domésticos. “Precisamos reforçar essa mudança na cultura das empresas e famílias, essa atenção à reciclagem. Isso vale tanto para gerar renda digna àqueles que garantem seu sustento através da reciclagem, quanto para a preservação do nosso meio ambiente”, finaliza.
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